" Em um período marcado por profundas mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas, em que se acentuam os processos de exclusão social, é necessário avançar no entendimento de como a pedagogia e suas práticas podem contemplar os desafios colocados para o atendimento dos direitos de educação e de cultura, particularmente de sua juventude. Emergem novas perspectivas de educação pautadas por concepções multiculturais e críticas, compromissadas com os direitos dos indivíduos e com a problemática da inclusão social da juventude, como a Pedagogia das Juventudes. Esta, aliada aos elementos disponibilizados pela crescente produção acadêmica sobre o hip hop no Brasil e em outros países, em suas intersecções com a educação alimentam a nossa reflexão sobre o potencial pedagógico dessa manifestação. Neste artigo evidenciamos como esta expressão juvenil, entendida como um lugar de construção identitária dos jovens em que são mobilizados processos simbólicos, sociais e materiais, pode ser entendida e apropriada em processos de pedagógicos críticos, inclusive na educação escolarizada, não só pelo caráter cotidiano e problematizador dos raps, senão também, pelo tipo de interação e modelo educacional que o embasam em suas diferentes manifestações. "

Via Manuel Pinto